quarta-feira, agosto 16, 2017

 

A Solidão do Espinho

Abaixo alguns trechos desse livro [1] de Américo Simões.

Toda ilusão leva à desilusão. A alma de todos busca a verdade e a sinceridade. A vida une tudo e a todos por motivos que vão muito além da nossa percepção. Cada ser encarnado descobrirá as razões no momento certo.

Nem sempre colhemos os frutos do que plantamos logo em seguida. Mas as sementes estão lá, crescendo, e logo darão os frutos e, muitas vezes, quando as pessoas já se esqueceram deles, e não esperam colher mais nada. Da mesma forma que tudo que se faz, volta. Tanto o bem quanto o mal. É comum fazermos escolhas que na nossa opinião são boas, mas que na verdade nos são prejudiciais. Mas, podemos dizer que por trás de uma decisão errada acontece um aprimoramento pessoal e espiritual. De tudo se tira um proveito, é preciso viver de tudo: alegrias e tristezas, na saúde e na doença, amando e em solidão, para que a integridade do ser floresça.

As pessoas não são fantoches na mão dos espíritos. Se fossem, seriam tal como bonecos de madeira, sem vida e sem personalidade própria. Não seriam donos de seus narizes. Ter domínio sobre a sua vida é que faz do espírito, indivíduo. É o que ensina a ter responsabilidade por seus atos, por sua evolução.

Por que algumas pessoas nascem com talentos para a arte? Porque desenvolveram essa habilidade em outra vida (em outra encarnação). Por isso que um membro de uma família nasce com talento para a arte desde pequenino sem ter ninguém mais na família que tenha esse dom. Os dons, habilidades e facilidades para aprender algo na vida revelam claramente que houve um período de vida anterior ao nascimento no qual esse indivíduo pudesse desenvolver talentos. Caso não houvesse, como poderia ter nascido com tais habilidades?  Elementar, meu caro Watson...

Existem pessoas que são como uma flor cheia de espinhos, encantamo-nos pela flor, esquecendo-nos de levar em conta os espinhos que há em seu caule; por isso quando a pegamos, nos ferimos. Por mais que tenhamos cuidado, ainda assim nos ferimos. Infelizmente a flor linda acaba solitária, pois os espinhos nunca deixam ninguém se aproximar, o mesmo acontece com os espinhos. Por isso os poetas referem-se a eles como a solidão do espinho...

Referência:
[1] Américo Simões Garrido Filho, A solidão do espinho, Barbara Editora, São Paulo, 2011.

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