sábado, fevereiro 02, 2013

 

Oscar Quiroga - 1856

Elogio aos pacatos


O ser humano que for amigo da paz, sossegado, tranquilo e de mentalidade serena é chamado de pacato. Porém, paradoxalmente, não se vê com muito bons olhos alguém pacato, pois carece de competitividade e seria simplório demais para se integrar à dinâmica mediante a qual os humanos se convencem de viverem a possibilidade de ser gente importante na vida. Os pacatos raramente estão integrados a essa dinâmica, são por ela excluídos quase que naturalmente, apesar de esse advérbio ser de duvidosa reputação para exprimir a circunstância. A presença, porém, de um número maior de pacatos nas cidades seria um antídoto que diminuiria os índices de violência; sem ir mais longe, por exemplo, se nossa humanidade fosse mais pacata quando dirige seus lindos e muito caros automóveis.

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