sábado, outubro 23, 2010

 

Meditações do Osho - 45


A pessoa religiosa vive sem o ego. Ela sabe que "Sou parte do todo, uma parte intrínseca do todo, não um ser separado". Saber isso, saber que "Não sou separado do todo", traz uma tremenda liberdade, traz vastidão: todo o céu é seu. Você não se identifica mais com um pequenino ego.

Somos vastos, mas ficamos confinados em espaços pequenos; é por isso que existe tanta amargura. É como forçar um oceano a caber numa gota de orvalho. Somos pássaros, com asas, e precisamos de todo o céu, mas estamos engaiolados. Ninguém nos colocou na gaiola: a ironia é que nós mesmos nos engaiolamos. Somos a prisão, somos o prisioneiro e somos o carcereiro - não há mais ninguém. É por isso que os místicos dizem que é tudo um sonho (maya). Quando você acorda, percebe algo assim: "Que estranho. Eu estava sendo perseguido por um leão, mas eu era o leão e eu mesmo me perseguia - e eu era também o espectador, a testemunha de toda a cena!". Assim é a vida, como um sonho.

Agora é a hora... Se as crianças têm brincadeiras tolas, elas podem ser perdoadas. Elas precisam errar o caminho, precisam cometer erros. Mas, quando você cresce, não pode ser perdoado. E o ego é a mais tola de todas as brincadeiras, porque é contra a realidade, é contra a existência. Criamos nossas próprias prisões com nossa imaginação, nosso desejo, nossa memória, nossa ambição, nosso ciúme. E tudo isso cria estruturas sutis à nossa volta. A totalidade dessas estruturas se chama ego. De agora em diante, conscientize-se disso e aos poucos saia daí.

Fonte: Osho, Meditações para a Noite, Verus Editora, Campinas-SP, 2006.

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