terça-feira, agosto 17, 2010

 

Oscar Quiroga - 1011


VOCÊ


Você vê e se inebria com o poder de ver, você cria e goza com as obras consumadas, você se movimenta e alegra-se com o complexo labirinto que seus passos desenham. Então, você se identifica com o poder de seus sentidos e se convence de ser a mais importante existência no Universo, a peça especial sem a qual tudo se desintegraria. É neste momento em que você começa a perder de vista sua alma e mergulhar no limitado mundo da personalidade. O poder que vê é sua alma, o poder de ver é sua personalidade. Eis uma sutil diferença que, na prática, é a que estabelece se você enxerga claramente o infinito de que é feito ou se vagueia pelo mundo da necessidade se achando o máximo por ter adquirido destreza para sobreviver entre o prazer e a dor.

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